Garibaldi - RS
O capuchinho Frei Vital Aresi morreu na segunda-feira 22 de outubro de 2012 às 13 horas, na Casa de Saúde são Frei Pio, em Caxias do Sul. Às 16h15 é rezada missa de corpo presente na capela da Casa de Saúde e, , às 17h30, é trasladado para Garibaldi, onde é velado na Capela do Convento são Francisco de Assis. Na Terça-feira, 23, após missa de corpo presente às 9h30, é sepultado no jazigo dos Freis Capuchinhos, no cemitério municipal de Garibaldi.
Desde 2006, Frei Vital estava em cuidados de saúde, na Casa de Saúde São Frei Pio. Faleceu com 97 anos, 81 de vida religiosa capuchinha e 71 de presbítero, após sucessivas internações hospitalares.
Registro
Nasceu em Garibaldi, filho de João Aresi e Carolina Curti Aresi, entrou no seminário de Veranópolis em 1925 e fez o noviciado em Flores da Cunha. Abraçou a Ordem Capuchinha com a realização da profissão dos votos em 27.03.1931. Fez os estudos filosóficos e teológicos nos conventos de Marau e Garibaldi. Prestou serviço militar no 1º Batalhão Ferroviário de Santiago, em 1938/39. Foi ordenado sacerdote por Dom José Baréa, em Garibaldi, em 05.01.1941.
Era irmão dos capuchinhos já falecidos entre 1988 e 1997, Freis Albino, Ricardo e Angélico, todos membros da Província do Rio Grande do Sul.
Viveu sua vida de capuchinhos e exerceu o apostolado, durante mais de 60 anos, no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Portugal e no estado de São Paulo. No RS atuou em Vacaria, Porto Alegre, Camargo, Veranópolis, Ipê, Caxias do Sul, Gentil e Garibaldi, como vigário paroquial, pároco, secretário do bispo de Vacaria, capelão do Colégio Santo Antônio de Porto Alegre, vice-diretor e professor de francês e outras disciplinas nos seminários de Veranópolis e Ipê, assistente da Ordem Franciscana Secular (OFS) e responsável pelo setor de correspondência do departamento de assinaturas do Correio Riograndense, quando substituiu Frei Boaventura Francio, que faleceu neste posto de trabalho. Em Portugal, nas cidades do Porto, Beja e Barcelos, entre 1947 e 1951, foi professor, reitor de seminário e pastoralista.
Informações pessoais
Na então custódia (criada em 12.08.1956) e hoje Província dos Capuchinhos do Brasil Central, teve intensa presença e atuação, durante 31 anos, entre 1956 e 1987. Trabalhou em Aparecida do Taboado, Campo Grande, Corumbá, Itumbiara, Rio Verde de Goiás e Sidrolândia.
Em dois períodos, viveu e Aparecida do Taboado durante 20 anos, onde atuou na pastoral, foi professor e diretor do seminário e diretor de escola; foi também o fundador e diretor do primeiro seminário capuchinho do Brasil central e, em Corumbá, foi cura da catedral. Do Brasil Central foi atuar na diocese de São José do Rio Preto, como pároco em Valentim Gentil.
Em 1988 retorna à Província do RS e passa a viver nos conventos de Flores da Cunha e de Garibaldi, como capelão do Hospital São Pedro e auxiliando na pastoral paroquial. De espírito itinerante, cinco anos depois, na condição de hóspede da diocese paulista de Jaboticabal, assume como pároco na paróquia de Paraiso, onde permanece por 10 anos.
Em 2003, retorna ao Convento de Garibaldi, exerce a pastoral do aconselhamento até transferir-se, em 2006, para cuidados da saúde, para a Casa de Saúde São Frei Pio, em Caxias do Sul.
Frei Vital tinha licenciatura plena em Pedagogia pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Urubupungá, SP (1978), e licenciatura curta em Estudos Sociais pela Universidade Estadual de Mato Grosso, de Três Lagoas, MS (1979). Também fez inúmeros cursos de aperfeiçoamento de atualização pedagógica, administração escolar e aperfeiçoamento para diretores e professores.
Em Aparecida do Taboado, Frei Vital é nome de Escola Estadual, Cidadão Aparecidense e é homenageado com placa em monumento público. Em Paraiso, SP, com o título de Cidadão Paraisense. É autor do opúsculo Devocionário Seráfico (Editora São Miguel, 1956).
Homem de grande energia, intensa atividade e espírito empreendedor, tomou muitas iniciativas, seja na construção de escolas e outras instalações, seja na organização da infraestrutura das cidades que iam se formando, especialmente na área da então Custódia dos Capuchinhos do Brasil Central.